Gaste dinheiro com alguém que não seja você
Por aqui, já falamos bastante sobre planejamento, abordamos muitas questões (umas mais práticas, outras mais subjetivas), e, no geral, colocamos o dinheiro na função de apoio, como se ele assumisse a forma de um corrimão, dando suporte para que a gente possa andar mais tranquilo por aí.
É uma função incrível, muito útil, mas não é a única e, num descuido, é bem capaz que ela incentive nossa mania de manter o olhar e atenção voltados para nosso próprio umbigo.
Por aqui, me percebo capaz de permanecer meses imersos nas minhas próprias histórias, sem lembrar de ligar pro meu pai, de pagar um almoço pro cara que mora na praça do lado de casa ou de comprar um panetone pra Lu, diarista aqui de casa.
Precisamos de gatilhos muito específicos – e às vezes muito doloridos – para olhar pra fora. O aniversário, uma grande conquista, uma briga séria, uma doença grave, uma morte.
Numa tentativa de permanecer menos dependente das circunstâncias, já que é bem desconfortável precisar de um quebra-pau (ou de uma morte) para lembrar de como as relação são importantes, podemos utilizar esse olhar deliberado para o dinheiro como uma desculpa, um pretexto para uma gentileza.
Dê um presente.
Não precisa ser algo caro, comprado em uma loja chique, o ponto todo não é esse. Coloque esmero na busca, desfrute de todo esse processo.
É provável que esse movimento de tirar o foco de si mesmo traga alívio, sirva de respiro em um dia difícil.
Que maravilhoso se nossa relação com o dinheiro puder nos lembrar, constantemente, de olhar para os outros.
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