Como organizar suas finanças, passo a passo
Não é de se estranhar que muita gente ache o assunto educação financeira meio chato. Por vezes, acho que é mais culpa da abordagem do que do assunto em si: "anote todos os seus gastos", "economize no cafezinho", "poupe 20% do seu salário". A intenção, na maioria dos casos, é das melhores, mas a verdade é que ainda nos falta jeito para tornar o tema mais atraente, mais conectado com todos as outras áreas da vida.
Numa tentativa de tornar as coisas mais interessantes, sempre que trabalho com um grupo, experimento propor que a turma atue em cima de uma situação real. Levo, para a sala de aula, a história de um cliente de consultoria financeira, cujo processo já foi finalizado, e peço que a turma palpite, sem medo de errar.
A proposta de hoje é exatamente essa, mas ao invés de trabalhar com um caso real, que talvez não tivesse relação com a maioria de nós, trabalharemos com um personagem criado a partir das respostas que obtive nesta pesquisa, organizada pela turma do Papo de Homem.
Tomei a liberdade de complementar a personalidade (e os dilemas) do nosso personagem, de modo que ele enfrente questões parecidas com as quais observei no meu dia a dia como consultor financeiro.
Logo abaixo faremos uma espécie de teatro onde vou contar como as coisas poderiam ter acontecido caso esse 'cara' tivesse me procurado, e você me ajuda a completar nos comentários. Como ajudaria essa pessoa? Quais conselhos teria pra compartilhar? Onde ela está acertando? E onde está errando? Onde você mexeria se estivessem no lugar dela?
Sem mais delongas, conheça o Francisco
Francisco tem 31 anos e mora em São Paulo, capital. Recém-saído de um relacionamento longo, agora está solteiro e divide apartamento com um amigo em um prédio antigo, porém confortável, perto da importadora onde trabalha como analista desde que saiu da faculdade já há alguns anos.
Ele buscou uma consultoria financeira porque sente que nos últimos anos não conseguiu tirar do papel os planos que traçou. Ganha R$ 4500 líquidos por mês, mais benefícios. Quando perguntei sobre os planos, me respondeu que "não é nada demais, é só encaminhar as coisas mesmo". Tem uma reserva financeira pequena, que estica e encolhe, dependendo da época do ano. Possui três contas bancárias: uma universitária, uma que abriu por conta do estágio e outra que precisou criar quando entrou na empresa atual.
Não é um cara de grandes luxos. "Por mês acho que vão uns R$ 200 de roupa, que eu geralmente parcelo no cartão. Aí tem o mercado, a grana do final de semana, uma ou outra viagem o que, aliás, é algo que eu gostaria de fazer mais vezes...".
Perguntei quanto ele acha que custaria a viagem que ele mais gostaria de fazer e ele contou que nunca havia parado para fazer a conta de verdade, mas que se debruçaria nisso quando recebesse o décimo-terceiro. Ele também me disse que quitou recentemente o carro zero que comprou.
"Foram doloridas 36 prestações que pareciam não acabar nunca. Agora não tenho grandes gastos, é mais os R$ 300 de gasolina mesmo. Isso porque no final de semana utilizo táxi, Uber ou Cabify."
"Bom dia, senhor. Aceita uma água? Uma bala? Tem uma rádio de preferência?"
Divide o apartamento com um amigo mas, mesmo gostando da convivência, sente que está na hora de morar sozinho e diz que: "inclusive, essa é uma das motivações para que eu me organize." Paga R$ 1500 por mês, o que inclui tudo. O Chico – já estamos ganhando intimidade – não sabe muito bem quanto paga por cada coisa (aluguel, condomínio, internet, luz…), só faz a transferência todo mês e seu colega cuida do resto.
Antes de mim, ele conversava muito pouco sobre dinheiro. Esse não é um assunto trivial nos círculos em que frequenta. Às vezes alguém solta um comentário, do tipo "cacete, tô muito ferrado de grana esse mês", aí os outros balançam a cabeça, dizem "tá difícil mesmo" e a vida segue. O assunto é tão velado que ele preferiu não contar para ninguém que havia procurado uma consultoria financeira.
Partimos de onde?
Logo no nosso primeiro encontro Chico chegou com uma planilha. Ela foi feita pelo primo há muitos anos e estava incompleta, desatualizada e em vias de ser enviada para a terra dos planejamentos esquecidos – lugar tristonho e melancólico, para onde vão todas as planilhas e aplicativos de controle de despesas que não receberam amor. Estava animadíssimo, querendo falar de todos os gastos e estranhou bastante quando falei que não precisaríamos dela naquele dia.
Às vezes a gente pensa que o primeiro passo de todo o planejamento é sair listando gastos e anotando despesas, e essa é, na minha opinião, a razão pela qual a terra dos planejamentos esquecidos recebe milhares de novos habitantes todos os dias. Quando o planejamento não tem um motivo relevante para existir, ele não se sustenta. O ato de preencher uma planilha ou um aplicativo, em si, é inútil. Se não houver um propósito para essa movimentação toda, ou seja, se o objetivo for apenas manter as coisas atualizadinhas, não há ânimo que dê conta. Podemos até começar empolgados, movidos por uma fagulha, mas é fato que em pouquíssimo tempo essa energia se esvai.
Quando contei isso ao Chico ele fez uma cara de desespero. Me disse que já havia começado e parado algumas vezes, mas que achava que a culpa era da indisciplina e que por isso foi procurar (a minha) ajuda. A indisciplina tem lá seu papel nessa pequena bagunça, mas não é, nem de longe, a protagonista.
Quanto mais palpável mensurável e estruturado for esse objetivo, melhor. "Acho que não tenho nenhum objetivo para agora...". Essa fala é bastante comum e compreensível e, de acordo com minha parca experiência de vida, não há problema algum nela. Passamos períodos da vida sem grandes planos mesmo. De todo modo, o exercício é importante.
"Quais planos que, de uma forma ou de outra, dependem de dinheiro, e você gostaria de realizar?"
Muitas vezes somos levados a pensar que é preciso algo grandioso e, de preferência, altruísta, mas a verdade é que pode, sim, ser algo menor, mundano, prático, desde que seja genuinamente importante. Não precisa ser um projeto social, uma grande mudança de carreira ou a casa própria com banheira.
Chico comentou "Ah, tem essas viagens aí, né?". É uma boa tentativa, mas dessa forma não serve, e não é porque esse plano não é audacioso o suficiente, é só porque está vago, solto, impreciso. Com um pouco de pesquisa e exercício, chegamos a algo melhor:
"Quero conseguir viajar todos os anos. Daqui 9 meses quero fazer uma viagem de 15 dias para Buenos Aires, a viagem custará R$ 4500, já que a passagem custa por volta de R$ 1200 e eu devo gastar em torno de R$ 250 por dia, entre alimentação, lazer e hospedagem."
Enquanto falávamos da viagem, Chico abriu o mapa da Argentina, viu outras cidades que gostaria de visitar, deu uma olhada rápida em blogs especializados e a coisa toda ganhou um pouco mais de brilho.
"Ok, pensar nisso talvez me ajude a me manter motivado."
Com ele animado por conta dos planos argentinos, podemos começar a pensar em termos práticos. Eu geralmente organizo o processo em três etapas: estruturação, fotografia e quadrantes. Comentarei cada um deles de maneira breve.
A logística importa
A estruturação consiste, basicamente, em organizar a logística financeira básica da vida. Para a maioria dos brasileiros razoavelmente inseridos no sistema, isso está ligado ao banco e às demais instituições financeiras. Salvo casos muito, muito específicos, é perfeitamente viável com uma conta corrente e um cartão de crédito. Um e um. Só. Não mais do que isso.
Fui bem categórico com o Chico e ele emendou uma desculpa atrás da outra:
"Ah, mas a minha conta universitária não tem taxa.""Ah, mas é bom ter pro caso de uma emergência.""Ah, mas esse cartão de crédito tem anuidade muito baixa.""Ah, mas é que não dá pra confiar em um banco só."
Antes de responder a cada uma das justificativas, vale ressaltar a base: nossa energia é ridiculamente limitada. A parcela que dedicamos a gestão financeira, então, é mais limitada ainda. Cada novo agente que colocamos no jogo consome nossos recursos (financeiros e emocionais). Já que a disposição para lidar com as finanças é tão escassa, por que desperdiçar com coisas que agregam tão pouco?
Sobre a justificativa 1 e 3, não é só a questão financeira que está em jogo por aqui, certo? E outra, a conta e o cartão são gratuitos hoje, mas ninguém garante que seguirão assim para sempre.
Chico comentou, orgulhoso, que ano passado resolveram cobrar a anuidade desse cartão, que ele ligou para reclamar e que estornaram o valor. Perguntei quanto tempo ele ficou no telefone e ele disse "não muito, uma hora e meia, no máximo."
Uma hora e meia! Uma hora e meia de sono. Uma hora e meia de bar. Uma hora e meia de seriado no Netflix. Uma hora e meia de academia. Uma hora e meia de papo. Não é difícil pensar em empregos melhores para essa uma hora e meia de vida.
"Boa tarde, senhor. O senhor gostaria de estar encerrando sua conta, senhor? Posso perguntar porque, senhor? Aguarde na linha, senhor."
Sobre a 2 e a 4, eu entendo. Juro que entendo, mas não é boa coisa pautar nossa estrutura com base em um cenário de exceção. Tenha dois cartões de débito do mesmo banco, se você quiser. Escolha o banco que você se sentir mais confortável. Mas mantenha as coisas enxutas e aceite o risco: um cartão de crédito, uma conta corrente. Em um período de estresse e descontrole, vai ser ótimo ter que estancar um vazamento só.
Chico levou pouco mais de uma semana para ajeitar as questões todas, mas deu certo, e ele aproveitou para negociar ainda mais a anuidade do cartão de crédito eleito, com o argumento de que haviam lhe oferecido uma série de opções com anuidade zero.
Dito isso, vamos ao próximo ponto.
Uma foto, pra entender o que está rolando
Pedi que Chico pegasse uma folha de papel, uma caneta e comecei minha ladainha:
"Finja que, durante os próximos 30 dias, todos os bancos ficarão fechados, que todas as maquininhas de cartão estão fechadas e que você não poderá pedir dinheiro para ninguém; você precisa fazer um saque hoje, que deve bancar seu próximo mês inteiro, as contas fixas, as contas variáveis, tudo… anota no canto desse papel qual deveria ser o valor desse saque."
O diálogo a seguir aconteceu (hipoteticamente, amigos, não esqueçam do teatro) com o Chico, e acontece com bastante frequência, na vida real:
Chico: Vou pegar minha planilha pra consultar…
Eu: Não, Chico, é só um chute, sem consultar a planilha.
Chico: Mas eu não faço a mínima ideia…
Eu: Tudo bem, é por isso que é um chute.
Chico: Vou errar, eu acho...
Eu: Tudo bem.
Chico: Não sei nem por onde começar…
Eu: Está tudo bem...
Chico chutou R$ 4000. Perguntei se sobravam R$ 500 na maioria dos meses e ele me olhou com cara de dúvida. Comentei que, se o chute era R$ 4000 e o salário líquido era R$ 4500, deveria sobrar mais ou menos R$ 500 todos os meses. Ele riu e disse que se sobrasse R$ 500 todos os meses ele não estaria ali falando comigo.
É bem legal perceber pra onde nossa mente vai quando precisamos dar o tal chute. Existem várias rotas possíveis. Tem gente que pensa no salário todo, tem gente que tenta elencar os gastos bem rapidamente e faz a soma, tem gente que chuta um valor qualquer, sem nenhuma preocupação. Tem quem adote uma estratégia mais conservadora, e chuta pra cima, e tem quem tem medo de olhar pra essa questão, e chuta pra baixo. Todos são igualmente válidos, é só um começo de exercício.
Pedi ao Chico que tentasse testar esse chute, começando pelos gastos fixos. Ele achou bem fácil, chegamos nisso aqui:
Casa: R$ 1500
Academia: R$ 80
Plano dental: R$ 20
Celular: R$ 170
Somamos e chegamos em R$ 1770. Ele soltou um "meu deus, sou rico". A parte fixa é sempre fácil. Perguntei pra onde ia o resto do dinheiro e ele disse que não fazia ideia. Até me escapou um riso porque isso é muito, muito normal. Foi quando pedi para que ele estimasse os gastos variáveis e ele travou.
Estimar um mês de gasto variável é sempre muito difícil. É muito tempo, acontece muita coisa, são muitos pequenos eventos. É sempre vantagem estimar por semana e, mais do que isso, estimar por pequenas categorias: Chegamos em algo assim (lembre-se que, por enquanto, é semanal):
Mercado: R$ 120
Final de semana: R$ 220
Jantar semana: R$ 80
Gasolina: R$ 80
Café e lanche: R$ 50
Uber: R$ 80
Resumindo, são R$ 550/semana, logo, R$ 2200/mês.
"Ah, meu deus, é esse o problema, então.
Soma esses R$ 2200 com os R$ 1800 e já dá R$ 4000…
E eu nem coloquei as outras coisas...
E eu nem tenho certeza sobre esse Uber, não faço ideia de quanto vem."
A ideia desse exercício é essa. É ter uma base de quanto custa um mês padrão, sem estripulias, sem os gastos extras, sem os imprevistos. Geralmente encerro esse encontro passando uma "tarefa de casa": refinar essa fotografia. É muito comum esquecermos alguns itens, e a ideia é tratar o planejamento como algo iterativo, a ser melhorado pouco a pouco.
Ingrediente mágico: previsibilidade
É comum dizermos por aí que "o dinheiro é uma angústia". Vale a pena aprofundar um pouquinho essa afirmação. Pelo que percebo, uma das principais causas dessa angústia não é bem a falta ou a sobra, nem a burocracia, é a falta de previsibilidade.
Sacar dinheiro vai te ajudar a controlar os gastos. Só não vale dizer que o cachorro comeu.
Por vezes cruzo com algum cliente cuja situação é bem complicada, e escuto algo como "Que coisa maluca, né? Minha situação financeira atual é igual a minha situação financeira da semana passada, mas parece que estou mais tranquilo." Não é nenhuma bruxaria. Adoramos nos sentir no controle – mesmo que esse controle seja bem relativo. Nós somos levados a acreditar que gerir bem o dinheiro é anotar cada gastinho, e isso torna tudo bem difícil. Propus para o Chico um exercício mais simples, de previsão mesmo.
Era quinta-feira e nos encontraríamos novamente na quinta da outra semana. Perguntei quanto dinheiro ele tinha na conta bancária hoje, e quanto dinheiro ele teria na quinta-feira da semana que vem. Ele achou o desafio muito absurdo, porque muitas coisas poderiam acontecer nesse intervalo de tempo, mas eu insisti (imaginar isso tudo está sendo bem divertido pra mim).
Resolvemos fazer o exercício em partes. Primeiro, claro, pegamos o saldo atual (jogo rápido, no próprio internet banking). Em seguida, listamos quais os gastos fixos que aconteceriam dali até a semana que vem. Em seguida, concentramos os variáveis em uma linha só. Aqui está o grande lance. Concentrar os gastos variáveis em um lugar só torna tudo muito mais claro. Chegamos em algo assim:
04/05: R$ 2350 (saldo atual)
- R$ 1500 (aluguel)
- R$ 79 (academia)
- R$ 550 (variável da semana)
11/05: R$ 221 (saldo projetado)
Esse é um exemplo de planejamento financeiro para uma semana. Testamos por uma semana e a coisa se perdeu (a vida não é fácil, amigos). Surgiu um gasto inesperado (um presente) e o Chico largou mão das contas. Refizemos o planejamento para a semana seguinte, dessa vez com outra estratégia.
Reduzimos o variável para R$ 500 (porque sobrou na primeira semana, ou seja, estava superestimado), acordamos que esses imprevistos (como o presente) não entrariam nos gastos variáveis e, para poupá-lo da obrigação de acompanhar o extrato, ele sacou os tais R$ 500. Todos os gastos variáveis (mercado, final de semana, gasolina, etc) seriam pagos em dinheiro de papel.
Conseguimos acertar as previsões, semana por semana.
Amarrando as pontas
Agora que nós simplificamos a estrutura, fizemos a fotografia e começamos a brincar com as previsões de uma semana, o próximo papo é estender as previsões. É o que chamo de quadrante.
Na prática é muito simples: uma folha sulfite dividida em quatro. Cada quadrante representa uma semana. Chegamos nisso:
O retângulo no início de cada quadrante é o saldo inicial. O retângulo no fim de cada semana é o saldo projetado. Chico deu uma resmungada nessa hora, perguntando se ele precisaria ficar fazendo isso todos os dias. Eis então a minha promessa:
"Com a fotografia e os quadrantes feitos, tudo o que você precisa é de 15 minutos por semana, não mais do que isso, para manter tudo em ordem e ganhar esse alento de saber que, de maneira relativa, você tem as rédeas nas mãos."
Tá, mas e aí?
Chico ficou bem feliz com os quadrantes, a ideia de ter mais controle do que estava acontecendo agradou, mas ficou decepcionado quando percebeu que os números estavam bem justos e ele nem havia colocado a fatura do cartão de crédito na jogada (aliás, neste primeiro momento, a fatura do cartão entra como uma linha única no quadrante respectivo).
"Mas eu vou parar de usar o cartão de crédito pra sempre?"
Respondi que ele não iria, mas que, por enquanto, até que ele ficasse bem malandro e hábil no planejamento, o crédito ficaria de lado. O cartão acaba trazendo pra vida financeira uma camada de complexidade que, na minha visão, é dispensável. Passamos a trabalhar com nosso eu do futuro, e isso é sempre complicado. Além disso, perdemos a noção de finitude do dinheiro, já que os limites do cartão são bem, bem generosos.
É nessa hora (e só nessa hora) que pensamos nas mudanças necessárias para que o planejamento fique condizente com nossos objetivos. Não é muito eficiente sair mudando tudo logo de início, por mais que a tentação seja grande – especialmente quando fazemos a fotografia e percebemos que estamos gastando bem mais do que deveríamos. É importante que tudo aconteça de forma gradual, para que tenhamos tempo de pensar e decidir o que é relevante e impacta de maneira significativa na nossa qualidade de vida, e o que está lá por um acaso, porque fez sentido algum dia, ou porque a gente colocou e esqueceu de tirar.
Sugeri ao Chico que buscasse transformar alguns gastos variáveis em fixos, como a gasolina, por exemplo. Não faz sentido colocar de pouco em pouco (a não ser que a conta esteja no vermelho, é claro). É melhor termos dois lançamentos fixos, um por quinzena, chamado "Tanque de gasolina" do que nos preocuparmos em contemplar esse gasto no nosso variável.
Testamos também uma redução do variável. Aqui relato minha experiência: a gente mal nota uma redução de 10% no valor dos gastos variáveis. Passa meio que batido, já que esses gastos contemplam uma série de categorias.
No caso do Chico, reduzimos o variável semanal para R$450 e a coisa funcionou bem. Essa redução semanal de R$ 50 gerou uma economia de R$ 200, que virou um gasto fixo: poupança-viagem. Com essa pequena mudança, em 9 meses – prazo que ele mesmo havia se dado para fazer a viagem de Buenos Aires acontecer – Chico levantou R$ 1800. Quase metade do total.
Trocamos a academia pelo parque também. Não porque o Chico se tornou um mão de vaca convicto, mas porque, sejamos francos, ele detestava aquele negócio. Entre ter a obrigação de ir a academia, mas ir de vez em quando, e ter a obrigação de ir ao parque, e ir só de vez em quando, ele acabou pegando a segunda opção, que pelo menos é ensolarada e de graça. Essa mudança, pequeninha, em 9 meses, gerou uma economia de R$ 720, que foram saborosamente convertidas em carne e vinho na capital argentina. Cheers, Chico! :)
PS: A história do Chico continua nesse texto.
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